Defesa de Curicica pede habeas corpus depois de decisão sobre transferência para presídio federal
A defesa do o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, investigado por suspeita de participação na morte da vereadora Marielle Franco, entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), nessa terça-feira (15).
A defesa quer reverter a decisão da 5ª Vara Criminal da Capital, que autorizou, na segunda-feira (14), a transferência dele para um presídio federal de segurança máxima fora do Rio.
O advogado Pablo Andrade alega que Orlando Curicica ficará mais longe da família e sem ter um contato mais próximo com seus advogados. Em depoimento à Delegacia de Homicídios, uma testemunha acusou Curicica de se articular com o vereador Marcello Siciliano (PHS) para o assassinato de Marielle.
O MP alegou, em seu pedido, que a transferência de Orlando “é de grande relevância para o interesse da segurança pública, e objetiva inibir a atuação do preso e coibir eventuais associações criminosas.
De acordo com a Justiça, Curicica é apontado como principal líder do grupo criminoso conhecido como Milícia de Jacarepaguá, na zona oeste da cidade. O ex-PM é acusado da morte do ex-presidente da escola de samba Parque Curicica Wagner Raphael de Souza, em 2015. O carro da vítima foi atingido por 12 tiros. Orlando também é acusado de comandar a milícia em Curicica e no Camorim, comunidades na zona oeste da capital carioca.