O motorista Antonio de Almeida Anaquim, que atropelou 18 pessoas, matando duas, na Praia de Copacabana, na zona sul da capital fluminense, virou réu por falsidade ideológica.
O processo foi iniciado ainda em abril, mas a informação só foi divulgada pela Justiça do Rio de Janeiro nesta terça-feira.
De acordo com a denúncia do Ministério Publico, Anaquim cometeu o crime ao omitir que sofria de epilepsia quando respondeu o questionário do Detran, em processo de renovação da carteira de motorista, no ano de 2015. Se for condenado, ele pode pegar pena de um a cinco anos de prisão, além de multa.
Anaquim também deverá responder a outro processo por homicídio culposo, que é quando não há a intenção de matar, e por lesão corporal. O inquérito sobre o caso ainda está em andamento, sob responsabilidade da Polícia Civil.
O acidente ocorreu no dia 18 de janeiro desta ano. Na ocasião, Anaquim trafegava pela orla de Copacabana, por volta das oito e meia da noite, na pista da Avenida Atlântica que fica junto à praia.
Quando estava na altura da Rua Figueiredo de Magalhães, Anaquim alegou ter sofrido um ataque epilético e perdido o controle do veículo, que atravessou a ciclovia e o calçadão e só parou na areia, atingido 18 pessoas no trajeto.
Duas das vítimas morreram: um bebê de 8 meses, que faleceu no dia do acidente, além de um australiano condenado por pedofilia, que vivia no Rio com identidade falsa e estava internado em coma até a semana passada, mas não resistiu aos ferimentos.