Hospital Universitário da USP adere à paralisação em protesto contra a falta de verbas
Funcionários da USP e da Unicamp continuam em greve há quase três semanas e, desde ontem, funcionários do Hospital Universitário da USP também aderiram à paralisação em protesto contra a falta de verbas para o hospital.
Já os professores das duas universidades estaduais se retiraram da greve na semana passada.
A reportagem passou pelo hospital universitário nesta manhã, e o atendimento estava normal. Do lado de fora, havia uma faixa dos funcionários pedindo para salvar o hospital. Outra faixa, esta da direção, orientava os usuários a procurarem o hospital somente em casos de extrema urgência e informava que casos ambulatoriais seriam encaminhados para a UBS.
Pacientes ouvidos pela reportagem, e que não quiseram se identificar, disseram que o agendamento de consultas está funcionando, mas com muita demora.
Alexandre Pariol, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP, afirma que as principais reivindicações dos funcionários técnicos-administrativos são as reposições das perdas inflacionárias desde 2013 no ticket-alimentação, além do abono da greve ocorrida em 2016. Os funcionários também reivindicam a contratação, através de concurso público, de mais funcionários para o Hospital Universitário.
Para Santana Silva, morador e coordenador de um coletivo de moradores do Butantã, o Hospital Universitário tem uma grande importância para o bairro, pois atende cerca de 500 mil pessoas do entorno. Ele diz que a comunidade se queixa do fechamento de dois prontos-socorros no ano passado. E que reivindica a utilização de uma emenda parlamentar que determinou a destinação de cerca de R$ 46 milhões para a contratação de funcionários.
*Matéria alterada no dia 21/06/18 às 17:33 para retirada de áudio com ruído