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Polícia Civil do Rio de Janeiro se reúne com organizações sociais para falar de operações

Rio de Janeiro
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Tâmara Freire
25/06/2018 - 17:34
Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai debater com organizações sociais a elaboração de um protocolo para o uso de helicópteros em operações policiais. A medida foi anunciada após uma reunião com a Anistia Internacional, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e associações de moradores para discutir uma operação realizada na semana passada, no Complexo da Maré, que resultou na morte de sete pessoas.


Diversos vídeos feitos pelos moradores mostram a aeronave da polícia passando muito próximo às casas  e atirando em direção ao chão. A diretora executiva da Anistia Internacional, Jurema Werneck, defendeu que as autoridades privilegiem a estratégia e a inteligência para controlar a circulação de armas e evitar os confrontos, ao invés de apostar nas operações.

 

O chefe das delegacias de polícia do estado, Fábio Baruque, defendeu o emprego de aeronaves e disse que os agentes não são autorizados a atirarem de maneira irresponsável.

 

De acordo com a diretora da ONG Redes da Maré, Eliana Silva, as organizações também apresentaram outras reivindicações, como a adoção de um plano para a redução da letalidade e de uma normativa que padronize as operações policiais.

 

Os participantes da reunião também pediram esclarecimentos sobre a investigação das sete mortes ocorridas na operação da semana passada, incluindo a do menino Marcus Vinicius da Silva, de 14 anos, baleado no trajeto entre a sua casa e a escola. De acordo com a Divisão de Homicídios, todos os casos estão sendo investigados e os locais das mortes já passaram por perícia. No caso de Marcos Vinicius, também será feita uma reprodução simulada.

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