Operações no Complexo do São Carlos resultam em 13 prisões, cinco mulheres integram as facções
Treze pessoas, entre elas cinco mulheres acusadas de envolvimento com o tráfico de drogas e armas, foram presas nesta quarta-feira operações realizadas pela Polícia Civil no Complexo do São Carlos, na zona norte do Rio e muncípios da Baixada Fluminense, litoral norte do estado e Costa Verde.
O objetivo foi desarticular quadrilhas de traficantes e identificar a cadeia criminosa atuante nas localidades investigadas. A ação contou com a participação de 250 agentes designados para cumprir trinta mandados de prisão.
O fato que chamou a atenção dos investigadores foi a presença de mulheres em cargos de chefia dessas organização criminosa. As funções exercidas envolviam a contabilidade, transporte de drogas e abastecimento dos pontos de venda.
Entre as presas está Marcela das Chagas, suspeita de agir como intermediária no fornecimento de armas e drogas entre as facções do Rio e de São Paulo.
Também foram capturadas Thaysa Aparecida Campos da Conceição, conhecida como Magrinha, e Daiana da Silva Rodrigues – apontadas como responsáveis pelo abastecimento do tráfico de drogas em Bangu IV, no Complexo Penitenciário de Gericinó.
As outras presas não tiveram os nomes revelados até o fechamento desta matéria.
As investigações também concluíram que há uma disputa territorial entre as quadrilhas que dominam o tráfico nas comunidades do Complexo de São Carlos e da Rocinha.
A guerra começou em setembro do ano passado, quando o traficante Rogerio Avelino da Silva, o Rogerio 157, que liderava o tráfico na favela, aliou-se à maior facção criminosa de São Paulo.
A partir daí, os traficantes do Complexo de São Carlos iniciaram uma disputa para devolver o controle da venda de drogas à antiga facção, comandada por Antonio Bonfim Lopes, o Nem. Atualmente, Nem e Rogerio 157 estão presos na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia