Um professor que atua na capital paulista foi preso, nesta segunda-feira, acusado de publicar cenas de pornografia infantil, na internet. A Polícia Federal realizou a prisão durante a Operação Mestre Impuro.
Entre as ações estão o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão e o de prisão preventiva contra o homem, que não teve a identidade revelada.
As investigações começaram depois que a PF recebeu uma denúncia de que um brasileiro estaria publicando uma grande quantidade de material contendo cenas de sexo, em fóruns dedicados à pornografia infantil, na Deep Web. Esse termo se refere a uma parte da internet, que não é identificada pelos sites de busca e, assim, fica oculta para o público em geral.
Os investigadores da Polícia Federal entraram nesse ambiente, a Deep Web, com equipamentos e técnicas específicas para esse tipo de investigação e identificaram que o suspeito era o professor. Ele usava a proximidade com crianças de cinco a dez anos, e abusava tanto de meninos quanto de meninas.
A polícia apontou, ainda, que ele não apenas compartilhava as imagens, mas produzia essas imagens: filmava e fotografava as crianças. Era uma forma de conquistar respeito e admiração entre os demais integrantes dos grupos criminosos envolvidos em pornografia infantil.
Segundo a PF, sete crianças foram identificadas até o momento como vítimas da ação do professor, algumas são da própria família dele. Outras são alunos. Com o material apreendido nas buscas, a polícia vai identificar outras possíveis vítimas.
Caso condenado, o investigado pode responder pelos crimes de publicação de imagens de pornografia infantil, com penas de três a seis anos de prisão; e estupro de vulnerável, cuja pena varia de oito a 15 anos de prisão. O preso está sob custódia do sistema prisional de São Paulo.
Qualquer denúncia sobre pornografia infantil e exploração sexual de crianças deve ser feita ao conselho tutelar da cidade ou em uma unidade da Polícia Federal. Também pode ser feita por telefone, para o disque 100.