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Dados apontam que nos últimos quatro anos houve redução de mortes pela aids no país

Hiv/Aids
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Dayana Vitor
27/11/2018 - 16:45
Brasília

O Brasil registrou queda de 16% em casos de óbitos por AIDS, nos últimos 4 anos. Enquanto, em 2014, a taxa de mortalidade era de 6 a cada 100 mil habitantes, em 2017, essa taxa caiu para 5 mortes a cada 100 mil pessoas.

 

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo Ministério da Saúde como parte das ações do Dia Mundial de Luta contra a Aids, que será comemorado em primeiro de dezembro.

 

A estimativa é que mais de 866 mil brasileiros vivam com HIV/ Aids. Desse universo, apenas 585 mil fazem o tratamento.

 

A dona de casa, Deniz Catarina, de 57 anos, é casada há mais de 30 anos e descobriu ter o HIV há 17. Ela toma três medicamentos por dia e tem uma vida normal. Deniz afirma que o preconceito é a pior parte da doença e que já perdeu até amigos por causa do vírus.

 

A jovem youtuber Blenda Silva convive com o HIV há mais de dois anos e concorda que ainda existe muito preconceito.

 

O diagnóstico precoce do HIV é importante para evitar que os portadores do vírus desenvolvam a aids e tenham complicações que podem levar à morte, como explica a diretora do departamento DST/AIDS do Ministério da Saúde, Adele Schwartz.

 

Para que cada vez mais pessoas tenham o diagnóstico precoce da doença, a partir de janeiro do ano que vem, o SUS vai oferecer autotestes de HIV.

 

Os exames serão destinados para pessoas mais vulneráveis à infecção como homens homossexuais, travestis e profissionais do sexo, além de pacientes em uso de medicamento de pré-exposição ao vírus.

 

A princípio, serão distribuídas 400 mil unidades do autoteste para seis cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus.

 

Esses autotestes já são vendidos em farmácias e custam entre R$ 50 a R$ 70. O Ministério da Saúde orienta que, no caso de resultado positivo, é necessário fazer testes complementares.

 

Hoje, o principal medicamento do tratamento contra o HIV é o antirretroviral Dolutegravir. Em três meses de tratamento com essa substância, quase 90 % dos pacientes apresentam carga viral quase indetectável.

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