O tema da campanha de combate à Aids deste ano é “Saiba seu status”. A intenção é incentivar as pessoas a fazerem o teste de HIV.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, órgão ligado à ONU, cerca de 500 mil pessoas na América Latina e Caribe vivem com HIV sem saber que são portadoras do vírus.
Ao todo, cerca de 2,1 milhões pessoas convivem com HIV na região.
O teste é o primeiro passo para deter a disseminação do vírus e reduzir o impacto da doença na vida das pessoas.
De acordo com a Opas, entre 2010 e 2017, a América Latina conseguiu reduzir em 12% a mortalidade do vírus combinando incentivos para que as pessoas fizessem o teste e maior acesso ao tratamento antirretroviral. No Caribe, a queda no número de mortes por Aids foi de 23%.
Apesar disso, o desafio da região é reduzir o índice de novas infecções, que se mantêm na média de 100 mil por ano e um terço dos novos infectados são jovens entre 15 e 24 anos.
Uma das recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde é aumentar a possibilidade dos adolescentes fazerem o teste sem a autorização dos pais.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde na última semana mostram que a taxa de mortalidade pela doença no Brasil passou de 5,7 óbitos para cada 100 mil habitantes em 2014 para 4,8 óbitos em 2017.
A queda é atribuída a três fatores: garantia do tratamento para todos; melhoria do diagnóstico e ampliação do acesso ao teste, além de redução do tempo entre diagnóstico e tratamento.
Em 2018, foram distribuídos pelo SUS mais de 12 milhões de unidades de testes rápidos para detecção do vírus.