Pela segunda vez desde o início do ano, o Ceará registrou algumas horas de tranquilidade. Desde a noite de quinta-feira até o meio dia desta sexta-feira (18), não houve registro de nenhum ato criminoso nas ruas, segundo o governo do estado.
Mas, na tarde de quinta-feira (17), um caminhão da coleta de lixo foi incendiado por bandidos, em Fortaleza. O veículo estava sem escolta policial.
E cenas como essas se repetem diariamente em todas as cidades cearenses. Já foram mais de 200 ataques desde o dia 2 de janeiro. Até esta sexta-feira, quase 400 envolvidos nos crimes foram presos.
Segundo investigações do governo cearense, as ordens para os incêndios criminosos partem de dentro das cadeias estaduais de detentos insatisfeitos com as medidas de endurecimento do sistema carcerário.
Entre elas, a proibição da entrada de celulares nos presídios e da divisão dos detentos nas cadeias estaduais, de acordo com a facção que pertencem. Por isso, 35 criminosos que cumpriam penas no Ceará foram transferidos para penitenciárias federais.
O governador do estado, Camilo Santana, se reuniu nessa quinta-feira com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Ele pediu a prorrogação da Força Nacional no estado e 90 agentes penitenciários para ajudar na segurança dos presídios.
Mais de 400 homens da Força Nacional de Segurança Pública já estão no Ceará. Além deles, agentes da Polícia Rodoviária Federal, policiais cearenses baianos, pernambucanos, piauenses, paulistas e catarinenses estão nas ruas.
