Fabio Schvartsman confirma que sirene da Mina do Córrego do Feijão não tocou
O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, confirmou, nesta quinta-feira (31), que a sirene instalada na barragem que rompeu em Brumadinho não tocou para alertar à população e aos trabalhadores da mineradora. De acordo com ele, o sistema falhou porque foi engolido pela lama de rejeitos.
O desastre ocorreu na sexta-feira passada (25). De acordo com o balanço mais recente, as equipes de busca localizaram 110 mortos - 71 já identificados. Outras 238 pessoas estão desaparecidas.
Fábio Schvartsman também comentou outros assuntos. Sobre os danos ambientais, afirmou que a Vale vai tratar desse tema em um segundo momento.
O presidente da mineradora disse não ter motivos para temer a prisão de executivos da Vale e anunciou, ainda, que pretende abrir mão de processos judiciais sobre indenizações às famílias das vítimas.
O presidente da Vale deu essas declarações após uma reunião de uma hora e meia com a procuradora-geral da República Raquel Dodge, na sede da PGR, em Brasília. Em seguida, Dodge foi até o Supremo Tribunal Federal, onde encontrou o presidente da Corte, Antonio Dias Toffoli, e, juntos, anunciaram a criação de um observatório para atuar em grandes tragédias.
O objetivo dessa ação coordenada entre o Ministério Público e o Poder Judiciário é acelerar o andamento das ações judiciais e reduzir a burocracia.