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Ibama manda equipe para Brumadinho; MAB lamentou acidente e também enviou comitiva

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Bianca Paiva
25/01/2019 - 20:38
Brasília

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou, em nota, que uma Equipe do Núcleo de Prevenção e Atendimento a Emergências Ambientais se deslocou para a área da tragédia em Brumadinho para prestar o apoio necessário.

 

Mas o instituto explicou que, em situações de emergência, a competência primária para acompanhamento é do órgão licenciador, nesse caso, a Secretaria de Meio Ambiente Estadual. A competência federal só será estabelecida se o incidente ultrapassar os limites territoriais ou atingir significativamente um bem da União.

 

O volume da barragem na Mina Córrego Feijão, segundo o Ibama, é de um milhão de metros cúbicos de rejeito de mineração. Na comparação com a tragédia em Mariana, o volume da barragem de fundão era de 50 milhões de metros cúbicos.

 

A Agência Nacional de Águas (ANA) também acompanha a situação e disse que havia a preocupação de que o rejeito atingisse a Usina Hidrelétrica Retiro Baixo, mas que a barragem da usina, localizada a 220 quilômetros do local do rompimento, vai possibilitar o amortecimento da onda de rejeito.

 

A autarquia informou que está coordenando ações para manutenção do abastecimento de água e sua qualidade para as cidades que captam água ao longo do Rio Paraopeba. Disse ainda que, conforme o Cadastro Nacional de Barragens, elaborado pela Agência Nacional de Mineração, a barragem rompida tinha baixo risco de acidentes e alto potencial de danos. A Agência Nacional de Mineração ainda não se manifestou sobre o ocorrido.

 

Também em nota, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) prestou solidariedade aos atingidos pelo desastre e disse que enviou uma comitiva para Brumadinho. A entidade afirma, no documento, que tem denunciado o atual modelo de mineração, com empresas privatizadas e multinacionais que visam o lucro a qualquer custo, o que provoca tragédias anunciadas, como o do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, há três anos.

 

Em comunicado no Twitter, o Instituto Inhotim, que possui um importante acervo de arte contemporânea do país, informou que está evacuando o local por questões de segurança. O Ministério do Turismo lamentou o ocorrido e lembrou que, além da preocupação com as vítimas e os danos ao meio ambiente, o rompimento da barragem também afeta o Instituto Inhotim, maior centro de arte ao ar livre da América Latina e importante atrativo turístico do Brasil.

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