O Ceará deverá contar com mais 156 veículos da Polícia Militar para reforçar a segurança nas ruas do estado, que enfrenta uma onda de violência há 24 dias.
O governador do Ceará, Camilo Santana, entregou carros e motos à corporação nesta sexta-feira (25). Mas, mesmo com essa e outras medidas para garantir tranquilidade da população, os atos violentos continuam a assustar os moradores do estado.
Nesta sexta-feira, o dono de uma van estacionada no bairro Dias Macedo, em Fortaleza, perdeu o veículo após um incêndio criminoso.
Na quinta-feira (24), foram, pelo menos, três incêndios criminosos na capital do estado: um em uma escola de ensino fundamental, e outros em um posto de gasolina e em máquinas agrícolas.
As ordens para esses ataques nas ruas do Ceará partem de dentro das cadeias estaduais, segundo o governo cearense. Líderes de facções criminosas estão insatisfeitos com as medidas de endurecimento das regras dentro do sistema carcerário.
Desde o início do ano, os celulares não são mais permitidos dentro das cadeias e mais de 2.300 aparelhos foram retirados dos detentos. Também acabou a divisão de presos dentro das celas de acordo com a facção a que pertencem.
O professor da Universidade Federal do Ceará e coordenador do Laboratório de Estudos da Violência, César Barreira, que estuda o assunto, esclarece que três facções criminosas são as responsáveis pelas ordens para os atos criminosos nas ruas.
Ele esclarece que, para acabar coma violência no estado, é necessário planejamento e inteligência.
A inteligência do governo cearense realiza investigações sobre a onda de violência. O estado colocou 29 mil policiais militares, civis, bombeiros e peritos para reforçar a segurança nos municípios.
Homens da Força Nacional de Segurança Pública e Polícia Rodoviária Federal também participam da força-tarefa.