A polícia civil fez uma força tarefa para investigar os motivos que levaram os jovens Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25 anos, a abrirem fogo em uma escola em Suzano (SP), que resultou em 10 mortes e 11 feridos.
Os investigadores apontam a participação de uma terceira pessoa no crime. Outro adolescente, que foi colega de sala de Guilherme, e que teria colaborado com o planejamento do atentado. Eles aguardam autorização da Justiça para apreender o adolescente.
As investigações mostram que o ataque à escola vinha sendo planejado pelo menos desde novembro e que a internet foi usada para comprar parte dos equipamentos utilizados no crime. Desde as vestimentas até as armas brancas como o arco e flecha e a machadinha.
Já o revólver está com a numeração raspada e foi comprado no mercado ilegal, provavelmente com o dinheiro furtado da concessionária do tio de Guilherme, onde o jovem chegou a trabalhar. O tio é o empresário que foi assassinado pela dupla antes de atacar a escola.
Outra linha de investigação da polícia são os fóruns de debates de grupos extremistas que se organizam na deep web, a parte da internet que não é acessível por serviços de buscas. Mas o delegado preferiu não adiantar informações, já que os computadores que foram apreendidos na casa dos assassinos ainda estão sendo analisados.
O delegado já sabe, no entanto, que os jovens se inspiraram no Atentado de Columbine, que aconteceu há 20 anos nos Estados Unidos e deixou 13 mortos.
Os investigadores descartaram a possibilidade de que os jovens estivessem planejando ataques a outras escolas. Até o final desta quinta-feira (14), a força tarefa ouviu pelo menos 20 testemunhas do massacre, principalmente de adolescentes.
O governador João Dória prometeu uma indenização de R$100 mil para a família de cada vítima do massacre, desde que elas abram não de entrar com recurso contra o governo do Estado.
* Título alterado às 22h36 para adequação ao conteúdo da reportagem.