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Projeto no Mato Grosso consegue diminuir trotes para serviços de emergência

Mato Grosso
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Bianca Paiva
23/03/2019 - 09:18
Brasília

Sabe aquelas brincadeiras de mau gosto? Que não tem graça nenhuma? Exemplos delas são os trotes a serviços de emergência, como o Samu.

 

Enquanto alguém está ligando para passar um falso pedido de socorro, outra pessoa pode estar realmente precisando de ajuda e não consegue ser atendida. Sem falar quando há deslocamento de ambulâncias para locais onde nada está acontecendo. É um desperdício de tempo, de dinheiro público e pode custar uma vida.

 

Em Mato Grosso, por exemplo, de janeiro a fevereiro deste ano, o Samu recebeu 3.447 trotes, o que dá uma média diária de 58 ligações falsas. A maioria é feita por crianças e adolescentes.

 

A conscientização sobre a importância do serviço prestado pelo Samu, por meio do Projeto Samuzinho, é a forma que a unidade encontrou para diminuir a prática dos trotes.

 

Segundo a superintendente do Samu em Mato Grosso, Valéria Cristina da Silva, o trabalho já refletiu na redução de trotes este ano.

 

No período de carnaval, por exemplo, foram registradas 277 ligações falsas, 533 a menos em relação ao ano passado.

 

Em alguns estados, como Rondônia, há punição para quem for pego passando trotes a serviços de emergência. Uma lei estadual de 2016 prevê multa de R$1 mil reais para cada chamada falsa e o dinheiro deve ir para o serviço.

 

Mas, a medida não está intimidando a prática.

 

Segundo a gerente do Samu de Porto Velho, Marta Cavalcante, no primeiro bimestre deste foram mais de 700 trotes. Em todo o ano passado, quase três mil. Além disso, ela explica que existe toda uma burocracia para a polícia identificar o autor da ligação.

 

A reportagem não conseguiu contato com a Polícia Civil de Rondônia. Enquanto essa questão burocrática não se resolve no Estado, a gerente do Samu informou que neste ano a unidade vai retomar o projeto Samuzinho, assim como é feito em Mato Grosso.

 

O número do SAMU é o 192 e o serviço funciona todos os dias, 24 horas.

 

A ligação é gratuita e pode ser feita de um telefone público, fixo ou celular para atendimentos de emergência de saúde.

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