Suspeitos de matar Marielle e Anderson poderão fazer delação premiada, diz Witzel
Após a prisão de dois suspeitos de participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o chefe da Delegacia de Homicídios da capital fluminense, Giniton Lages, disse, nesta terça-feira (12), que as investigações sobre o crime continuam.
Em coletiva de imprensa no Palácio Guanabara, Giniton falou pela primeira vez sobre o inquérito que levou à prisão o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz. Lessa foi apontado como o autor dos disparos que atingiram a vereadora e o motorista. Já Élcio Queiroz seria o motorista do carro utilizado no crime.
O delegado não forneceu detalhes sobre a fase que está em curso, mas disse que, em breve, ela deve responder perguntas como quem mandou matar Marielle e Anderson e o porquê.
A apuração vai tentar descobrir ainda o paradeiro do carro utilizado no dia do assassinato.
Lages destacou a sofisticação na ação dos criminosos, que não deixaram testemunhas do caso.
O delegado explicou que diante da dificuldade de identificar os autores, houve a necessidade de inverter a ordem da investigação, que descobriu vestígios na fase em que os suspeitos planejavam o crime.
Entre as evidências estão pesquisas sobre o endereço onde Marielle vivia.
Giniton também afirmou que o autor dos disparos tinha “obsessão” por personalidades que militam à esquerda mas evitou afirmar que a motivação seria o crime de ódio.
Na abertura da entrevista coletiva, o governador Wilson Witzel disse que os suspeitos poderão fazer delação premiada que levem ao mandante do crime.
O crime completa um ano nesta quinta-feira (14). A execução aconteceu no dia 14 de março do ano passado, quando o carro onde estavam Marielle, Anderson e uma assessora da parlamentar, que sobreviveu ao atentado, foi atingido por 13 disparos.