Cerca de 4 mil indígenas são esperados para o Acampamento Terra Livre, montado nesta quarta-feira (24) no centro de Brasília, distante 2 quilômetros do Congresso Nacional. Esta é a 15ª edição do acampamento que acontece desde 2004. O Acampamento Terra Livre será encerrado na próxima sexta-feira (26).
A demarcação das terras, como sempre, está entre as pautas principais do movimento. Mas, para este ano, o cacique Marcus Xukuru, da aldeia localizada no município de Pesqueira, no interior de Pernambuco, acredita que a prioridade será reafirmar os interesses dos povos indígenas.
Nesta quarta-feira, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Um dos coordenadores da articulação, Lindomar Terena, pediu a Alcolumbre ajuda para alterar a medida provisória que transferiu as competências da Funai para os ministérios da Agricultura e da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Os indígenas querem que a Fundação Nacional do Índio (Funai) volte para o Ministério da Justiça. O órgão de demarcação de terras indígenas, por exemplo, foi transferido para o Ministério da Agricultura, no início do ano.
Ao lado do acampamento indígena, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, participou de uma cerimônia da Polícia Militar (PM), na Esplanada dos Ministérios. Ele defendeu a mudança na Funai.
O ministro Santos Cruz, da Secretaria de Governo, vai abrir a agenda do Executivo para receber as lideranças do acampamento. Segundo Santos Cruz, o governo está empenhado em possibilitar o acesso direto dos indígenas aos diferentes órgãos federais a fim de ouvir problemas e sugestões desses povos.
