Embarcação que colidiu com ponte no Pará não teria licença para transporte de carga, aponta polícia
A Polícia Civil do Pará, que investiga o acidente na ponte Rio Moju, aponta que a embarcação que colidiu com a estrutura não tinha licença para transporte da carga.
O inquérito também revela que a balsa fazia o trajeto com excesso de peso.
A quantidade da carga, que era de aproximadamente duas toneladas, foi crucial para o acidente ocorrer, aliado à corrente intensa da maré naquele momento.
A colisão da balsa com uma pilastra da estrutura, no último sábado (6), causou o desabamento de cerca de 200 metros da ponte, de mais de 850 metros de comprimento e 23 metros de altura. A ponte liga a região metropolitana de Belém ao interior do estado do Pará.
Duas testemunhas afirmaram à polícia que dois veículos que passavam pelo local caíram no rio.
O Corpo de Bombeiros do Pará, com a ajuda da Capitania dos Portos, realizou buscas durante o fim de semana, mas nem os carros nem as possíveis vítimas foram localizados.
As buscas foram retomadas na manhã desta segunda-feira (8). Mergulhadores, embarcações e um sonar fazem a varredura em buscas de destroços.
O Governo do Pará informou que a partir desta segunda-feira, o transporte hidroviário ganhará reforço nas embarcações que atuam para os municípios de Cametá e Moju, diretamente impactados pelo acidente.
O objetivo é estimular a utilização de barcos para o deslocamento de pessoas, ao invés de veículos.
O governador Helder Barbalho decretou de situação de emergência no estado e anunciou a construção de portos e estradas após a queda da ponte na Alça Viária.
O Executivo paraense estuda a possibilidade de construir uma nova ponte do tipo estaiada, por ser considerada mais barata, moderna e possível de ser concluída com mais agilidade.