A Avenida Niemeyer, em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro, completou 24 horas de interdição no início da manhã desta sexta-feira (17) e segue sem previsão de reabertura para o tráfego de veículos.
A via foi fechada, em ambos os sentidos, por volta das 7h15 dessa quinta-feira (16), devido a deslizamento de terra.
A decisão de manter a avenida interditada, mesmo após a desobstrução da pista, foi tomada pela prefeitura após técnicos da GeoRio atestarem que ainda há riscos de delizamentos de terra na área.
Esta é a terceira vez, só neste ano, que a Niemeyer é fechada por tempo indeterminado, por causa dos efeitos provocados pela chuva.
Dessa vez, o deslizamento ocorreu em uma área de mata próxima às casas que ficam no alto do morro do Vidigal e um imóvel chegou a desmoronar. Mas, de acordo com a Prefeitura, a residência estava interditada e desocupada desde o último temporal que atingiu o Rio, no início do mês passado, quando a mesma área também foi atingida por um deslizamento.
Ainda segundo a Prefeitura, a GeoRio atua na área das encostas da Niemeyer e do Vidigal desde fevereiro realizando trabalho de limpeza, topografia, sondagem e estabilização do solo.
A previsão é que o serviço seja concluido até outubro e, então, as obras de contenção para evitar novos deslizamento serão realizadas.
Em depoimento dado nessa quinta-feira (16) à Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de Vereadores, que investiga os fatos e as consequências sociais, ambientais e econômicas causadas pelos temporais que atingiram a cidade do Rio em 2019, o presidente da GeoRio, Herbem da Silva Maia, afirmou que a prefeitura deve investir R$ 98 milhões em obras de recuperação de encostas na cidade, neste ano, sendo R$ 30 milhões apenas na região da Niemeyer e do Vidigal.