Solução para barragem de Barão de Cocais é redução de danos, diz ministro no Senado
Redução de danos é o único caminho para a barragem de Barão de Cocais, diz ministro de Minas e Energia, no Senado.
A barragem da mineradora Vale em Barão de Cocais, município da região central de Minas Gerais, pode romper até este sábado (25), segundo cálculo da Agência Nacional de Mineração, entidade ligada ao ministério de Minas e Energia.
O rompimento de um talude, uma espécie de parede, acima da barragem pode ocasionar o desabamento da mina do Gongo Soco, provocando a inundação de parte da cidade de Barão de Cocais e atingindo aproximadamente 6 mil pessoas.
A Comissão de Meio Ambiente do Senado convocou, nesta quinta-feira (23), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para falar sobre as medidas que estão sendo tomadas.
O ministro destacou que a Agência de Mineração pretende eliminar todas as estruturas construídas com a tecnologia chamada de 'a montante', considerada menos segura. Mas que no caso de Barão de Cocais, não seria mais possível qualquer tipo de intervenção.
O ministro ainda ressaltou que todas as barragens devem ser fiscalizadas, mesmo as que não foram construídas com a tecnologia 'à montante'.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Fábio Contarato, do Partido Rede, do Espírito Santo, questionou se o monitoramento realizado hoje em Barão de Cocais poderia ter evitado a tragédia de Brumadinho.
O ministro de Minas e Energia disse que a barragem em Brumadinho era, sim, monitorada, mas que se está apurando justamente porque não foi detectado nenhum risco.
A Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou ainda uma diligência externa. Um grupo de senadores viaja nesta sexta-feira (24) para Barão de Cocais para fiscalizar as ações do poder público em relação ao risco de rompimento da barragem.