Sopinha, papinha, leite materno, refrigerante, legumes… Uma pesquisa científica inédita quer saber como se alimentam as crianças brasileiras, menores de 5 anos.
O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil – o Enani, deve ser divulgado em 2020. Mas as equipes já estão em campo para avaliar 15 mil crianças em 123 cidades do Brasil, nas zonas rural e urbana.
Este ano, os pesquisadores já percorreram 10 estados do sul e sudeste. E até o fim deste mês vão estar em cidades do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Farinha de mandioca e açaí ou paçoca de pinhão com carne assada? Além das diferenças regionais no cardápio, vão ser avaliadas as práticas de aleitamento materno, de consumo alimentar, do estado nutricional, e as deficiências de micronutrientes.
As entrevistas serão realizadas de casa em casa. O questionário é detalhado e traz perguntas como o que a criança comeu no dia anterior. Os pequenos e as mães são medidos e pesados. Uma segunda visita é agendada com um funcionário de um laboratório credenciado para coleta de sangue.
Cleiciane Lima, pesquisadora de campo, está fazendo as visitas na capital rondoniense de Porto Velho. Ela avalia que a receptividade nas casas visitadas é boa. Cleiciane relata que a maior apreensão das mães é com relação a coleta de sangue.
Nadya Santos, líder do projeto na coordenação nacional cita os canais para tirar dúvidas ou saber se quem está batendo em sua residência é mesmo um entrevistador no Enani.
Os resultados dos exames serão entregues para as famílias e, em caso de desnutrição, obesidade ou deficiência de nutrientes, a criança é encaminhada para uma unidade de saúde.
A pesquisa do Ministério da Saúde é coordenada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e servirá para orientar as políticas públicas de saúde e nutrição do Brasil.
