A promotora afastada do Ministério Público do Distrito Federal, Deborah Guerner, e o marido Jorge Gomes Guerner foram condenados pelo crime de extorsão de R$ 2 milhões praticado, no ano de 2009, contra o ex-governador do DF José Roberto Arruda.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, os acusados exigiram que Arruda pagasse o valor para não divulgar um vídeo em que ele aparecia recebendo propina de Durval Barbosa.
A gravação originou a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Civil do DF. No ano seguinte, o mandato de José Roberto Arruda foi cassado.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região fixou a pena de Deborah Guerner em cinco anos de reclusão em regime semiaberto, 66 dias-multa, além da perda do cargo público. Já o marido, Jorge Guerner, foi condenado a quatro anos e quatro meses de reclusão em regime semiaberto e 57 dias-multa. Cada dia de multa corresponde a um salário mínimo.
Foram julgados e absolvidos o Procurador-Geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, Cláudia Alves Marques, Durval Barbosa e Marcelo Carvalho de Oliveira.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, a ex-promotora agiu sob orientação do marido e do então procurador Geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra.
Déborah Guerner ainda pediu favorecimento para uma empresa na qual o marido, Jorge Guerner, tinha negócios.
Não cabe recurso da decisão.
Com produção de Renato Lima.