Uma operação foi desencadeada nesta quinta-feira (15) pelo Ministério Público de nove estados contra suspeitos de integrar organizações criminosas. A ação aconteceu no Rio de Janeiro, Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul e em Pernambuco. Até o final da manhã, foram efetuadas mais de 90 prisões. Entre os alvos estão integrantes das facções Primeiro Comando da Capital, Família do Norte e Comando Vermelho, que nos últimos tempos têm ampliado sua atuação em diversas regiões do país, além de policiais militares suspeitos de conivência com o crime organizado.
As investigações realizadas pelos grupos de Atuação Especial Contra o Crime Organizado deses estados resultaram em mais de 300 mandados judiciais, entre prisões e busca e apreensão.
Na capital fluminense, três ações simultâneas contaram com apoio da Polícia Federal e da Corregedoria da Polícia Militar. Uma delas, visava o cumprimento de 41 mandados de busca e apreensão contra nove PMs, que foram afastados de suas funções. Oito foram denunciados por associação criminosa e corrupção passiva e um por associação para o tráfico de drogas.
Equipes também saíram em busca de sete suspeitos de integrar uma quadrilha que controla a venda de drogas no Complexo de Madureira, na zona norte carioca, e para prender acusados de lavar dinheiro do tráfico.
Em coletiva de imprensa, o promotor de Justiça, Lúcio Pereira, disse que as investigações levaram à descoberta de esquema de corrupção no 9° Batalhão da PM, em Rocha Miranda, subúrbio do Rio, incluindo integrantes do estado maior da unidade.
O promotor afirmou que não foi possível determinar o valor exato que os policiais teriam recebido para não reprimir o tráfico, vazar informações sobre operações policiais e negociar materiais apreendidos.
O Chefe do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas, procurador-geral do Ministério Público de Alagoas, Alfredo Gaspar, explicou que a operação aconteceu em âmbito nacional para desarticular facções criminosas que estão interligadas.
O último balanço divulgado indicou que, do total de prisões, 25 ocorreram no Ceará; 21 em Alagoas; 20 presos no Amapá; 12 na Bahia; cinco no Rio de Janeiro, cinco em Mato Grosso do Sul e uma no Amazonas.
