Nos grandes centros urbanos é cada vez maior a demanda por eletricidade para acompanhar o desenvolvimento das cidades e o crescimento das soluções tecnológicas. Enquanto isso, na Amazônia Legal, 1 milhão de brasileiros não têm energia elétrica. No Acre, por exemplo, 10% da população têm acesso a esse serviço.
Breves, no Pará, é o município da região amazônica com o pior índice: metade dos moradores vive sem luz.
Os dados fazem parte de um estudo do Iema, o Instituto de Energia e Meio Ambiente, e foram apresentados, nesta terça-feira (26), durante audiência da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, em Brasília.
A organização não governamental utilizou dados georreferenciados para fazer a análise e aponta onde estão os principais excluídos elétricos: 19% vivem em terras indígenas, 22% moram em unidades de conservação e 10% são assentados rurais.
Entre as soluções para o problema, o consultor do Iema Pedro Bara destaca políticas específicas e o uso de tecnologias apropriadas para os diferentes locais.
O coordenador-geral de Desenvolvimento de Políticas Sociais do Ministério de Minas e Energia, Paulo Cerqueira, participou da audiência na Câmara. Ele falou das metas do governo federal para o setor a partir do próximo ano.
O representante do Ministério de Minas e Energia afirmou que 72 mil famílias que moram nas regiões remotas da Amazônia deverão ser atendidas por meio de fontes alternativas, como a energia solar.