O fechamento do comércio para conter a expansão do coronavírus tem impedido caminhoneiros de se alimentar nas estradas, o que pode comprometer o abastecimento de toda população. Apesar do fechamento de diversas atividades, alguns serviços são mantidos por serem essenciais à sociedade, como saúde, segurança, imprensa, mercados e também, o transporte de cargas.
Mas, sem alimentos os caminhoneiros não podem trabalhar. Muitos profissionais do setor têm enviado mensagens ao programa Brasil Rural, da Rádio Nacional, relatando as dificuldades.
A CNTA, Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, alerta que existem pontos nas rotas dos caminhoneiros sem comércio para alimentação, ou manutenção dos carros, como oficinas e borracharias.
O assessor executivo da CNTA, Marlon Maues, destaca que os governos federal e estaduais têm atuado no sentido de manter abertos os pontos de apoio, mas que alguns gestores municipais estão dificultando esse trabalho.
O representante da categoria conta ainda que os caminhoneiros têm recebido apoio de concessionárias de rodovias; da iniciativa privada e das próprias organizações de classe nos pontos mais críticos, garantindo assim a manutenção dos transportes.
A Confederação Nacional de Municípios informou que está trabalhando, junto com o Ministério da Infraestrutura, para lançar nesta quinta-feira um documento para orientar os prefeitos de todo o país. Já alguns estados, como o do Maranhão, publicou decreto para manter abertas oficinas, borracharias e restaurantes nas beiras das estradas.
No Congresso, um projeto do senador Paulo Paim, do PT gaúcho, foi apresentado também para facilitar a manutenção de pontos de apoio para os caminhoneiros durante a pandemia.