Morre Peruca, o operador de áudio da Rádio Nacional mais conhecido do Brasil
O coração afetuoso do Peruca resolveu parar nesse sábado. Willians Mar da Silva, nasceu dia 28 de setembro de 1949. Dos 70 anos de vida, 52 deles nos estúdios da rádio nacional.
O cabelo black power lhe rendeu o apelido carinhoso. Era operador de áudio. Função daquele que garante a qualidade das gravações, programas e transmissões. O operador fica no controle dos microfones à distância, dentro do estudio, mas escondido por uma grande mesa de áudio. Não o Peruca. Ele era amostrado. Participou dos programas de auditório. No eu de cá você lá, por quase uma década. Fazia dupla com o apresentador Luis Alberto.
A apresentadora Artemisa Azevedo, que já não está mais na Rádio, relata que além de ser querido pelos colegas de trabalho era famoso entre os ouvintes. Adorava o local de trabalho, era brincalhão e ignorava a diferença geracional. Em 2017, disse em entrevista como se deparou com as mudanças tecnológicas. Digitava como quem cata milho, mas continuou gravando tudo e todos. Sonorizou até rádionovela.
Leleco Santos, gerente de Operação das Rádios EBC, chefe do Peruca, lembra da sua generosidade. A direção da EBC lamentou a perda de um dos seus mais antigos trabalhadores e se solidarizou com os familiares neste momento de dor.
Peruca era fã do guitarrista Jimi Hendrix e da música negra norte-americana. Gostava e parecia com James Brown. Gostava de dançar, são muito os flagrantes nos estúdios.
Ele deixa mulher, 12 filhos e muita gente que lhe queria bem. Obrigada, Peruca!
Peruca foi sepultado nesse domingo, no Gama, distrito federal.