Defesa Civil do Rio elabora mapa de risco de enchentes
A Defesa Civil quer antecipar medidas para evitar que o próximo verão seja, mais uma vez, marcado por inundações no Rio de Janeiro. Como uma das medidas de enfrentamento a esse risco, o órgão mapeou as áreas que apresentam maiores possibilidades de enchentes como as enfrentadas nos últimos anos. O mapa histórico se baseou em dados coletados nas duas últimas décadas.
De acordo com o Centro de Estudos e Pesquisas da Defesa Civil, o trabalho deve auxiliar em uma avaliação mais precisa sobre os pontos de alagamento e a tomada de decisões sobre os procedimentos que devem ser adotados, contra danos e prejuízos em decorrência dos temporais.
O trabalho, realizado com apoio do Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, considera três níveis de ameaça: baixa, média e alta. E faz ainda uma estimativa da população afetada por este tipo de evento em cada época do ano, em especial no verão.
O Mapa de Risco utiliza sistema de georreferenciamento, e se baseia na análise de decretos de Situação de Emergência, disponibilizados no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do Ministério da Integração Nacional, e também em um cruzamento de fatores como precipitação, declive, corpos hídricos, ocupação demográfica e alterações no uso e cobertura do solo.
Ainda segundo a Defesa Civil, o estudo aponta que o período entre novembro a março apresenta um cenário com extensas áreas suscetíveis a riscos de inundações no estado.
O tenente-coronel Werner, diretor do Instituto Científico e Tecnológico de Defesa Civil, ressalta que o objetivo deste trabalho é contribuir para uma gestão técnica com base em dados que favoreçam as ações de redução de riscos. As informações apresentadas contribuem para o planejamento e adoção de estratégias junto aos órgãos municipais de Defesa Civil, Ambiente, Planejamento Urbano e Obras.
O tenente-coronel explica ainda que as inundações são os desastres naturais de maior recorrência e danos no mundo. E que, no Rio de Janeiro, são responsáveis por quase 70% das situações de emergência enfrentadas pelo estado.
