Funcionários dos Correios entram em greve por tempo indeterminado
Funcionários dos Correios estão em greve por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada nessa segunda-feira (17) por cerca de 100 mil empregados em assembleias organizadas por sindicatos em todo os estados e no Distrito Federal.
A categoria luta contra a retirada de direitos, a privatização da empresa, melhores condições de trabalho, principalmente relacionadas aos cuidados com a saúde dos trabalhadores frente a pandemia causada pelo novo coronavírus.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas do Correios e similares, a Fentect, as tentativas de negociações com a direção dos Correios começaram em julho desse ano, sem sucesso.
A entidade afirma que no início de agosto, o acordo coletivo, que estaria em vigência até 2021 foi revogado. Das 78 clausulas, 70 foram retiradas, entre elas as que garantiam direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização por morte, auxílio para filhos com necessidades especiais.
A Fentect considera a atitude desumana por impedir tratamentos diferenciados que garantem melhor qualidade de vida, pagamento de adicional noturno e horas extras.
Em nota a Empresa de Correios e Telégrafos negou que tenha a intenção de suprimir direitos dos empregados e disse que a proposta é ajustar os benefícios ao que está previsto na CLT e em outras legislações.
A empresa disse ainda que desde o início das negociações o objetivo principal é cuidar da sustentabilidade financeira dos Correios, para que fosse possível retomar seu poder de investimento e estabilidade.
A nota diz ainda que respaldados por diretrizes do Ministério da Economia, reequilibrar o caixa financeiro da empresa significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente e finaliza dizendo que a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.
