Viva Maria celebra o Dia do Rádio e os 100 anos de Elisabeth Teixeira
Nesta edição, o Viva Maria celebra o Dia Mundial do Rádio, comemorado em 13 de fevereiro e que neste ano tem como tema a educação ambiental. Em tempos de combate às mudanças climáticas, não podemos esquecer do papel fundamental que o rádio desempenha em nossas sociedades. Por mais de um século ele tem nos informado, entretido e educado. Mesmo com a internet, com as redes sociais, o rádio continua sendo uma fonte primordial de informação que alcança mais de quatro bilhões de pessoas no mundo, inclusive nos lugares mais remotos que as outras mídias não alcançam, ajudando e informando sobretudo em situações de crise. 
Para falar sobre o Dia Mundial do Rádio, o Viva Maria convidou a educadora socioambiental Moema Viezzer. Ela comenta a escolha da temática deste ano pela Unesco, os eventos climáticos que ameaçam comunidades no mundo inteiro.
“A escolha era necessária, porque esse tema das mudanças climáticas, essa questão tão incrivelmente difícil de ser transformada, mas tão necessária ao mesmo tempo, é muito importante que ela possa ser realmente apropriada pelo rádio. Que as ondas do rádio continuem a espalhar a verdade, que as ondas do rádio consigam esclarecer as populações também a respeito das inverdades, a respeito das fake news.”
Centenário de Elisabeth Teixeira
O Viva Maria aproveitou a participação da educadora socioambiental Moema Viezzer para também comemorar o centenário de Elizabeth Teixeira, símbolo da resistência camponesa. O programa lembra a violência que a paraibana sofreu no campo, com o assassinato de seu marido em 1962. Moema Viezzer ressalta como ela assumiu a luta pela reforma agrária.
“É incrível como ela renovou, chegou a fazer coisas que talvez nem o marido dela faria quando ela realmente começou a criar linhas camponesas e ficou à frente de algumas das mais importantes do Nordeste. E nada, nada fácil. Nada caiu do céu por discurso. Foi na base de muito sofrimento, inclusive da perda de uma filha, depois a prisão dela mesma várias vezes. Uma última vez tendo que fugir, distribuir os próprios filhos entre outras famílias, ficando só com um deles. E ficar tantos anos sem poder ver nenhum deles, praticamente quase 20 anos. Eu acho admirável”, afirma Moema.
