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Guerra entre traficantes no Rio deixa moradores em pânico

Confronto no Complexo do São Carlos deixou 2 mortos
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Tâmara Freire
27/08/2020 - 20:50
Rio de Janeiro

Uma guerra entre traficantes, pelo controle do Complexo do São Carlos, na região central do Rio de Janeiro, deixou em pânico moradores do local e de áreas próximas. Os tiroteios frequentes começaram já na noite de quarta-feira (26), nas comunidades da Mineira, São Carlos, Coroa, Querosene, Zinco, Fallet e Fogueteiro, mas também foram ouvidos em ao menos quatro bairros nas proximidades

O confronto deixou dois mortos até a tarde desta quinta-feira (27): a moradora do Rio Comprido, Ana Cristina da Silva, de 25 anos e um homem que não foi identificado, apresentado como um suspeito pela Polícia Militar. De acordo com a Polícia Militar, pelo menos outros quatro suspeitos ficaram feridos, além de um policial do Batalhão de Choque. Os agentes recuperaram dois carros roubados, além de cinco  fuzis,  pistolas, explosivos e munição.

Num dos momentos de maior tensão, um suspeito em fuga, entrou em um prédio no Rio Comprido, na madrugada desta quinta-feira e manteve duas mulheres e uma criança como reféns por mais de cinco horas. Policiais do Bope, Batalhão de Operações Especiais da PM fizeram a negociação e ele se entregou. Ao sair da delegacia, uma das vítimas do sequestro, a atriz Ana Lúcia Palma Gonçalves disse que a sensação é de tristeza.

E nesta quinta-feira, outro suspeito fez uma mulher refém também em uma casa no Rio Comprido. Depois da negociação, a refém foi libertada e homem foi preso. A ação das facções são recorrentes no Complexo de São Carlos. A doutora em sociologia pela UERJ, Maria Isabel Couto, gestora de dados da plataforma Fogo Cruzado, avalia que a situação no local é complexa.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil informou que há cerca de duas semanas, o setor de inteligência identificou uma movimentação de traficantes rivais, que pretendiam invadir o Complexo do São Carlos.

Ainda segundo a Polícia Civil, os dados foram difundidos para a Subsecretaria de Inteligência, que repassou as informações para a Polícia Militar. Apesar de continuarem monitorando essa atividade, a Polícia Civil, não havia informações de que a tentativa de invasão seria feita nessa quarta-feira.

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