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Ação em 5 estados investiga lavagem de dinheiro do Comando Vermelho

Operação Overload II integra agentes da Polícia Civil do Rio e MP
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Raquel Júnia
17/09/2020 - 13:32
Rio de Janeiro

Uma operação realizada nesta quinta-feira (17) cumpre 28 mandados de busca e apreensão contra acusados de participarem de um esquema de lavagem de dinheiro da organização criminosa Comando Vermelho. Os mandados estão sendo cumpridos em endereços ligados a 12 denunciados, entre eles os apontados como líderes da organização Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, e Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, ambos presos na Penitenciária Federal de Catanduvas.

 A operação Overload II, coordenada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, acontece também em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, com o apoio dos Ministérios Públicos e Policia Civil desses estados. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Regional de Madureira, na capital fluminense, que determinou também o bloqueio de contas bancárias ligadas ao esquema.

De acordo com o Ministério Público, a operação desta quinta é um desdobramento da Overload, realizada em 2015, que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra 61 pessoas acusadas de associação  ao tráfico de drogas e armas.

As investigações apontaram que Elias Maluco e Marcinho VP, com o apoio de subordinados, utilizavam contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas para lavarem os recursos obtidos com o tráfico de drogas. A apreensão de um celular de um integrante da facção criminosa durante uma operação policial no Morro do Juramento, na região central do Rio, em 2014, teria dado pistas do esquema.

Um relatório de interceptação telefônica revelou ao menos 28 contas bancárias que serviam para ocultar, circular e acobertar o dinheiro da organização.

Além de Elias Maluco e Marcinho VP, também foram denunciados, Eliezer Miranda Joaquim e Felipe da Silva Guimarães Junior,  apontados como integrantes da facção,  e outras oito pessoas, cujas contas próprias ou de suas empresas foram utilizadas pelo Comando Vermelho, segundo o Ministério Público. As investigações apontam que essas pessoas sabiam da origem ilegal dos valores. 

 

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