Deputada Flordelis e mais nove vão enfrentar o júri popular
A deputada federal Flordelis dos Santos Souza e outros nove acusados da morte do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, vão a júri popular. A decisão é da juíza do 3º Tribunal do Júri de Niterói, Nearis dos Santos Carvalho Arce. A informação foi confirmada pela assessoria do Tribunal de Justiça, na noite dessa terça-feira. A data do júri ainda não foi marcada.
O pastor, marido de Flordelis, foi assassinado a tiros na garagem da casa em que viviam com mais de 50 filhos, quase todos adotados, em Pendotiba, Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
Denunciada como mandante do crime, Flordelis responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Em razão da imunidade parlamentar, a deputada, que só pode ser presa em flagrante por crime inafiançável, cumpre medidas cautelares, monitorada por tornozeleira eletrônica.
Também serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira e Carlos Ubiraci Francisco da Silva. Dos quatro, somente Simone é filha biológica da parlamentar.
A neta da deputada, Rayane dos Santos Oliveira, será julgada por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada. Já Flávio e Adriano dos Santos Rodrigues, filhos biológicos de Flordelis, e outros dois adotivos, Andrea Santos Maia e Marcos Siqueira Costa, serão julgados por uso de documento falso e associação criminosa armada.
Entre os réus, apenas Lucas Cezar dos Santos de Souza, também adotado pela parlamentar, que já havia sido pronunciado anteriormente junto com Flávio pela execução do crime, não mais responderá por associação criminosa.
A juíza decidiu manter a prisão de todos os acusados, justificando que não houve elemento que fundamentasse a alteração. A magistrada disse, ainda, que o fim da instrução probatória de primeira fase evidenciou a necessidade de manutenção da prisão dos réus, em prol não somente da ordem pública, mas também da garantia da instrução criminal.
O advogado Anderson Rollemberg, que defende Flordelis, já comunicou que vai recorrer da decisão.