No Brasil, a frequência do consumo abusivo de bebidas alcoólicas diminuiu em 2021 se comparado a 2020. O recuo registrado é de 2,6 %.
De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, 18% da população têm abusado na hora consumir bebidas alcoólicas. Em 2020, essa marca chegou a quase 21%.
A coordenadora do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, Mariana Thibes, ressalta que a alta de 2020 está relacionada ao primeiro ano da pandemia.
Mas em 2021, os patamares voltaram à normalidade. Mariana, que também é doutora em sociologia, diz que ainda não são dados que podem ser comemorados, mas que é uma boa sinalização.
Belo Horizonte, em Minas Gerais, é a capital que mais consumiu bebidas alcoólicas no ano passado do Brasil. Um em cada quatro moradores adultos da cidade consumiram mais de quatro doses de bebida alcoólicas em 30 dias.
Vitória (ES) ocupa o segundo lugar com 23,2% da população. Cuiabá (MT) é a terceira colocada. Distrito Federal e Salvador na Bahia completam as cinco primeiras posições no ranking.
Ainda que não existam dados que expliquem o porquê da porcentagem variar de Capital para Capital, Mariana Thibes acredita que dois fatores podem ajudar a entender esses números.
O primeiro tem relação com o hábito de consumo de cada lugar e o segundo é relacionado às politicas públicas para prevenção do alcoolismo de cada Estado.
Já a capital que menos ingere bebidas alcoólicas é Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Apenas 12,8% dos adultos da cidade consumiram mais de quatro doses deste tipo de bebida em 30 dias. Manaus, Rio Branco e Maceió também ficam nas últimas posições.
É considerado consumo abusivo de álcool a partir de 5 doses em uma mesma ocasião para homens e 4 para mulheres. É diferente do alcoolismo, que é uma doença crônica caracterizada pelo consumo incontrolável de álcool, condicionado pela dependência.
