Os garis do Rio de Janeiro decidiram suspender temporariamente a greve para ajudar a cidade a se recuperar dos estragos provocados pelas fortes chuvas do fim da noite de ontem (31).
O presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município, Manoel Meireles, comunicou a decisão por mensagem de áudio.
Segundo o sindicato, o movimento será retomado na segunda-feira (4), caso a prefeitura não apresente solução para os funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana.
A nova proposta de 10% de reajuste salarial este ano, feita pela Comlurb durante audiência na Justiça do Trabalho, foi rejeitada nesta quinta-feira pelos grevistas, mesmo sem apoio do sindicato da categoria, que considerou o índice uma conquista. A posição da entidade era favorável à volta ao trabalho, mas foi derrubada em assembleia dos trabalhadores.
A Comlurb destacou que a greve foi considerada ilegal, com nova liminar expedida ontem pela juíza Edith Tourinho, do Tribunal Regional do Trabalho, que também confirmou a multa diária de R$ 200 mil ao sindicato. A companhia mantém um plano de contingência, com a mudança no ponto de saída dos caminhões e dos garis, sob escolta da Guarda Municipal e Polícia Militar. Também foram feitas contratações de mão de obra temporária terceirizada.
Os garis estão em greve desde segunda-feira (28) e o serviço de coleta foi afetado em toda a cidade. Mesmo com o esquema de contingência, o lixo se acumula em diversas regiões, e a chuva de ontem piorou a situação.
O município chegou a ficar em alerta e agora está em estágio de mobilização, com a redução do acumulado de chuvas.





