As empresas de ônibus que operam no município do Rio de Janeiro vão receber, de junho a dezembro, mais de R$ 300 milhões em subsídios da prefeitura. Em contrapartida, terão que colocar mais linhas de ônibus à disposição da população, melhorar os serviços noturnos, renunciar a operação do BRT e também da bilhetagem.
Este é o acordo entre a prefeitura e os empresários, com aval do Ministério Público do estado, para a melhoria do sistema de ônibus na cidade. E a justiça já homologou. O documento foi apresentado nessa quinta-feira aos vereadores da Câmara Municipal.
Para que o valor da passagem continue nos atuais R$ 4,05, a prefeitura do Rio vai pagar um subsídio de R$ 1,78 para as empresas por quilômetro rodado.
O sistema vai ser fiscalizado por meio de GPS e também um relatório quinzenal. Ao fim do ano a fórmula será revista. Os dados dos passageiros serão analisados e o valor do subsídio poderá ser ajustado em janeiro de 2023.
De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, a zona oeste, que é a região mais afetada por problemas no sistema, deve ser a primeira em que os usuários sentirão as melhorias no transporte.
A secretária Maína Celidônio disse que a situação mais crítica hoje é no bairro de Sepetiba, onde algumas áreas estão completamente abandonadas e desatendidas. Ela admitiu que a melhoria do sistema será lenta, mas que ao longo do tempo será percebida pelos passageiros.
O presidente da Comissão de Transportes e Trânsito da Câmara do Rio, Alexandre Isquierdo, do União, enfatizou que o colegiado vai fiscalizar de perto as contas, inclusive pelo valor do subsídio que a prefeitura vai dar aos empresários, de mais de R$ 300 milhões.