Laudo diz que houve falha no reboque de alegoria que imprensou menina
A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou as conclusões do laudo da reprodução simulada do acidente com o carro alegórico da escola de samba "Em Cima da Hora", que matou a menina Raquel Antunes durante o Carnaval fora de época, realizado em abril, na capital fluminense.
Os peritos criminais apontaram a sucessão de eventos que contribuíram para o acidente. Entre eles está a proximidade das dimensões da curva da pista e do carro alegórico, somado ao não isolamento da rua, o que permitiu a circulação desordenada de pessoas durante o deslocamento da alegoria.
O documento aponta, ainda, posicionamento irregular do poste no qual o caminhão acabou batendo, ausência de um auxiliar na parte direita da alegoria, já que, de acordo com o laudo, as condições de luminosidade do local não permitiam a visualização através do retrovisor do veículo. Outro ponto apontado pela Polícia foi a realização de reboque em desacordo com o Código de Trânsito.
Raquel Antunes, de 11 anos, ficou imprensada entre o carro e um poste, durante o deslocamento da alegoria em uma rua próxima do Sambódromo, no primeiro dia de desfiles da Série Ouro. A menina acabou morrendo três dias depois em consequência dos ferimentos.
Sobre as conclusões do laudo, a reportagem buscou posicionamento da Prefeitura do Rio, da empresa de energia Light e da Liga que representa as agremiações da Série Ouro, responsável por organizar os desfiles, mas até o momento não houve resposta.