Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro bloquearam três rodovias federais no Rio de Janeiro, em protesto contra a vitória do petista Luís Inácio Lula da Silva, na eleição deste domingo, para a Presidência da República. A situação mais grave é a da BR 116, a Presidente Dutra, principal ligação entre os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Na altura do município de Barra Mansa, na Região Sul fluminense, as interdições feitas por caminhoneiros começaram no início da madrugada e pelo menos até às três da tarde, a pista continuava totalmente interditada.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o bloqueio é realizado por cerca de 100 manifestantes que se negam a autorizar a passagem até mesmo de ambulâncias e de pacientes que seguiam para tratamento médico. Apenas por volta de uma da tarde, foi autorizada a passagem de ônibus e de carros com passeio levando crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais.
Também foi relatado um caso de vandalismo, após manifestantes danificarem o carro de uma mulher, que tentava sair do engarrafamento.
Os agentes da PRF acompanham a movimentação e orientam os motoristas a optarem por caminhos alternativos.
Os manifestantes serão penalizados pela infração gravíssima de usar o veículo para restringir ou interromper deliberadamente a circulação. A multa será majorada em 20 vezes, totalizando R$ 5.746. Para os organizadores do ato, a quantia pode passar de 17 mil reais.
Segundo a CCR, que administra este trecho da rodovia, o engarrafamento chega a 20 quilômetros no sentido Rio e 12 quilômetros em direção a São Paulo. A concessionária ativou um plano de contingência, e está desviando o tráfego para um ponto de retorno na altura da cidade de Porto Real.
Outra estrada que permanece bloqueada é a BR 101, na altura de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro. A manifestação no local começou às 9h40 da manhã e a via chegou a ser liberada por volta das 10 horas, mas foi interditada novamente.
Outro grupo de caminhoneiros também bloqueou a BR-101, na altura de Campos dos Goytacazes, no norte do estado. A interdição durou duas horas, das cinco às sete da manhã, mas já foi desfeita
