Os trilhos do VLT - Veículo Leve Sobre Trilhos, que iria ligar Cuiabá a Várzea Grande, em Mato Grosso, começaram a ser retirados. O material vai ser armazenado pelo Consórcio Construtor BRT Cuiabá, responsável pelo corredor de ônibus que vai substituir o VLT.
As obras deveriam ter ficado prontas para a Copa do Mundo de 2014, mas não foram concluídas. Já foi gasto R$ 1 bilhão no projeto. Após atrasos e problemas, em 2020, o governo estadual decidiu trocar o VLT por um sistema rápido de ônibus.
A decisão dividiu opiniões. O Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários é contra a mudança. O vice-presidente Massimo Giavina diz que a entidade nunca foi ouvida pelo governo de Mato Grosso e a passagem do VLT seria 10% mais barata. Ele disse também que o custo para terminar a obra seria menor do que a implantação do sistema de ônibus.
A Prefeitura de Cuiabá considera a troca um retrocesso e desperdício de dinheiro.
Já o governo de Mato Grosso diz que o BRT é mais barato que a conclusão da obra do veículo sobre trilhos. Por e-mail, informou que a obra do sistema de ônibus foi licitada por aproximadamente R$ 468 milhões, deve durar dois anos e vai receber cerca de 145 mil embarques por dia.
O governo diz ainda que a tarifa de R$ 3,04, do BRT, leva em conta os mesmos parâmetros usados para calcular a tarifa de R$ 5,28 referente ao VLT.
