Os moradores da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, podem ter barcas nas lagoas do bairro e de Jacarepaguá como mais uma opção para se deslocar e também acessar o metrô, na estação Jardim Oceânico, evitando os enormes engarrafamentos diários.
E a prefeitura do Rio quer ouvir sugestões e críticas da população. Para isso, abriu uma consulta pública sobre o projeto. A chamada, que está na capa do Diário Oficial do município desta quinta-feira, vai até o dia 24 de abril.
De acordo com o diretor de estruturação de projetos da CCPar, a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos, Lucas Costa, esse projeto já vem sendo debatido pelo município há mais de 10 anos e agora pode ser viabilizado a partir de uma obrigação contratual com a Iguá Saneamaneto, a empresa responsável pelo saneamento naquela região, e que vai fazer a dragagem de sedimentos nas lagoas.
Para o biólogo Mário Moscatelli, que atua na preservação do complexo lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá há mais de 20 anos, a proposta é bem vinda, mas é preciso ações efetivas de preservação ambiental.
A proposta é implementar 16 linhas gradualmente. Elas farão, por exemplo, a ligação entre a estação Jardim Oceânico do metrô e Rio das Pedras, Linha Amarela e Canal de Marapendi.
As embarcações sugeridas no projeto seguem dois modelos: a maior tem capacidade para até 120 pessoas e, a menor, para até 42. O sistema deverá transportar cerca de 90 mil passageiros por dia.
O edital de licitação deve ser lançado no próximo mês de junho e o prazo de concessão do serviço será de 25 anos, com investimentos de R$ 150 milhões ao longo deste período.
A passagem vai custar os mesmos R$ 4,50 cobrados nos ônibus.
Atualmente o transporte aquaviário no complexo da Barra da Tijuca é feito informalmente, com pequenas embarcações particulares, partindo de estações improvisadas. Moradores e visitantes de pequenas ilhas na Barra da Tijuca também usam esse transporte.
* Matéria e áudio atualizados em 31/03/2023, às 12h20, para acréscimo de informação.