Petrobras poderia reverter venda do Polo Norte Capixaba, diz empregada
A representante dos empregados da Petrobras no Conselho de Administração da empresa, Rosangela Buzanelli, disse nesta sexta-feira (14), em entrevista exclusiva para a Rádio Nacional, que haveria condições de suspender a venda do Polo Norte Capixaba, anunciada pela empresa nessa quinta-feira (13).
Rosangela Buzanelli defende que o Conselho da empresa deveria avaliar se compensaria arcar com as consequências de quebra de contrato de venda de um ativo estratégico. A representante dos empregados da estatal alerta que o governo federal tem responsabilidade na demora de mudar os seus representantes no conselho da Petrobras, que continua com os indicados do governo anterior.
Para Rosangela Buzanelli, é necessário reverter os processos que levaram a privatização de unidades para reconstrução da empresa pública.
Nessa quinta-feira (13), a Petrobras anunciou que foi concluído o processo de transferência de 100% das concessões dos campos de produção terrestres no Espirito Santo para a empresa Seacrest Petróleo, que tem sede nas ilhas de Bermudas, no Caribe.
Segundo a estatal, a operação gerou o pagamento a vista de 426 milhões de dólares. O polo representa 3,3% da produção da Petrobras no Espirito Santo, com mais de 4 mil barris de óleo por dia e 21 mil metros cúbicos de gás natural.
Em março, o Ministério de Minas e Energia solicitou que a Petrobras suspendesse o processo de venda de unidades por 90 dias até a reavaliação da política energética nacional.
Segundo a Petrobras, até o momento, a empresa não encontrou fundamentos para suspensão dos contratos de venda já assinados.