O aeroporto Santos Dumont, no centro da cidade do Rio de Janeiro, só vai operar a ponte aérea entre os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e o de Brasília. Mas a mudança só deve acontecer a partir de janeiro do ano que vem. Foi o que informou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, após reunião com o presidente Lula na noite desta quarta-feira (14), no Palácio do Planalto. Todos os outros voos domésticos e internacionais serão feitos pelo aeroporto internacional Tom Jobim/Galeão, na Ilha do Governador.
Segundo o prefeito, que entregou uma proposta de portaria ao presidente, a mudança vinha sendo pedida há mais de dois anos e meio, sem sucesso. Além da limitação de voos, Paes afirmou que o governo deve editar uma norma impedindo que passageiros de voos internacionais, partindo de outras cidades (como São Paulo e Brasília), façam check-in a partir do Santos Dumont.
A situação dos dois aeroportos tem sido discutida há alguns meses. O governo do estado do Rio de Janeiro e prefeitura da capital criticam o fato de que o Aeroporto Santos Dumont, que é administrado pela Infraero, ter aumentado muito o número de voos, o que provocou um esvaziamento do Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, administrado pela concessionária Changi, de Cingapura.
Na segunda-feira (12), o governador do estado do Rio, Cláudio Castro, também se reuniu com Lula, em Brasília, e conversou sobre uma gestão compartilhada dos aeroportos Santos Dumont e Galeão. A administração dos dois terminais seria feita em parceria entre União, estado e prefeitura do Rio. Eduardo Paes afirmou que a questão da concessão está em andamento e é independente à limitação de voos.