A Secretaria de Segurança Pública confirmou mais quatro mortes na Operação Escudo, no Guarujá, baixada santista. Com isso, aumentou de 8 para 12 o número de pessoas mortas. De acordo com a secretaria, todos morreram em confronto com a polícia. Também foram presas 32 pessoas e apreendidos 20 quilos de drogas.
Representante da Ouvidoria das Polícias esteve no Guarujá, nessa segunda e, em nota, manifestou preocupação com denúncias de moradores que admitiram atuação violenta da polícia, com execução e tortura, além de ameaças contra a população local.
A Operação Escudo foi deflagrada após o assassinato do PM da Rota Patrick dos Reis, na última quinta-feira (27). Três pessoas envolvidas no crime já foram presas.
Diante das mortes durante a operação, o Ministério Público de São Paulo designou três promotores para averiguar as ações da PM. De acordo o Ministério Público, além de investigar a morte do policial, responsabilizando os autores dentro do devido processo legal, os promotores também vão tentar descobrir se as forças policiais cometeram delitos na resposta à morte de Patrick dos Reis.
Apesar do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ter dito que estava satisfeito com a operação policial, durante coletiva nessa segunda-feira, houve reação de entidades de direitos humanos às mortes no Guarujá.
A Comissão Permanente de Direitos Humanos da OAB afirmou que a morte do soldado é inaceitável e será sempre lamentada. Assim como as ações à margem da estrita legalidade com que as forças policiais devem atuar na garantia da segurança de toda a população.
Já a Comissão Arns demonstrou perplexidade com a manifestação do governador e do Secretário de Segurança Pública, em defesa da ação, mesmo antes do resultado da apuração. Acrescentou que, a conclusão só poderia ser feita após a realização de investigações rigorosas e independentes.