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Governo prepara guia para orientar jovens sobre uso adequado das telas

A consulta pública está disponível na plataforma Participa BR
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Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional
10/10/2023 - 23:16
São Paulo

O uso excessivo de telas pode causar problemas graves para crianças e adolescentes. Para tentar reduzir esse problema, o governo prepara um guia para orientar uso adequado das ferramentas de tecnologia.

Uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet de 2022 mostra que 95% das crianças e adolescentes no Brasil acessam a internet pelo menos uma vez por dia e 42% delas tinham no máximo 8 anos quando navegaram nas redes pela primeira vez.

E apesar da recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria de que crianças com menos de 10 anos não devem passar mais de 2 horas por dia em frente às telas, quase a metade, 43% ficam mais de três horas.

Para João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social, um dos desafios é que o modelo de negócios da internet é justamente o de manter o usuário o máximo de tempo conectado.

O resultado é uma lista de problemas que podem ir desde a alteração do sono até situações bem mais graves, como explica Estela Aranha, Assessora Especial de Direitos Digitais do Ministério da Justiça.

Anita Stefani, diretora de apoio à gestão educacional do Ministério da Educação lembra como o uso abusivo das redes também contribuiu para a onda de violência que atingiu escolas em todo o país no começo do ano.

Para João Brant um dos caminhos para evitar o uso danoso da internet é a regulação das plataformas. Mas enquanto o tema é debatido no Congresso Nacional, a Secretaria de Políticas Digitais está elaborando um guia para ajudar pais, mães e responsáveis a controlarem o uso abusivo e aproveitarem o que de bom a internet tem para oferecer.

A previsão é de o documento fique pronto em cerca de um ano. O material já está sendo elaborado, mas a secretaria começou nesta terça-feira um processo de consulta pública para ouvir as empresas, especialistas, familiares e crianças e adolescentes sobre o tema.

A consulta pública está disponível na plataforma Participa BR do governo federal.

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