Após a morte de uma estudante de 23 anos, durante o show da cantora norte-americana, Taylor Swift, no Rio de Janeiro, fãs da artista divulgaram um abaixo-assinado para a criação de uma lei que garanta a distribuição de água em eventos.
Neste sábado (18), o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Senacon, Secretaria Nacional do Consumidor, adote medidas imediatas para exigir que os eventos garantam segurança à saúde dos consumidores, incluindo acesso à água.
Dentro do estádio Nilton Santos, o Engenhão, no Rio de Janeiro, 60 mil pessoas enfrentaram temperaturas próximas dos 60 graus. Com tapumes que impediam a circulação de ar, Ana Clara Benevides passou mal, teve duas paradas cardiorrespiratórias, foi atendida e não resistiu, ao chegar no hospital.
Na internet, circulam vídeos em que a cantora Taylor Swift pausou o show e pediu que algumas pessoas tenham acesso à água.
Na rede social X, o ministro Flávio Dino mencionou denúncias de “vedação ou ausência de disponibilidade de água”, e lembrou que o Brasil enfrenta uma “imensa onda de calor”. Na mesma plataforma, a empresa organizadora Tickets For Fun lamentou a morte da estudante e disse que ela foi atendida por brigadistas imediatamente após passar mal.
Na mesma publicação, usuários se mostraram descontentes com o teor da nota. Muitos exigiram que medidas práticas fossem adotadas, como a permissão de entrar com água no local e que a empresa disponibilize água de graça durante os shows.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, declarou na mesma rede que a perda da jovem é “inaceitável”. Paes informou que a prefeitura determinou a entrada antecipada em uma hora ao estádio, aumento de pontos de distribuição de água, e também no número de brigadistas e ambulâncias para os próximos shows da cantora, na cidade.
No Instagram, a artista Taylor Swift se disse “devastada” com o ocorrido e que esta seria a última coisa que ela pensaria, quando decidiu trazer a turnê ao Brasil. Neste sábado e no domingo estão previstos mais shows da cantora, também no Engenhão.