Parecer técnico não descarta novos desmoronamentos em Maceió

Um parecer técnico da Agência Nacional de Mineração não descarta a possibilidade de novos desmoronamentos na área de extração de sal-gema em Maceió, Alagoas.

Os técnicos que assinam o documento, a que a Rádio Nacional teve acesso, também questionam os dados informados pela empresa antes da queda da mina 18.

Segundo o texto, o desmoronamento foi uma ocorrência “surpreendente e inesperada”, que aconteceu ao contrário do que as informações nos relatórios indicavam.

Na avaliação do Grupo de Trabalho, todos os elementos levantados não dão certeza sobre o comportamento da área de mineração. Por isso “ocorrências semelhantes, não podem ser descartadas em outros setores da mina (outras cavidades) no decorrer do tempo”, já que o afundamento continua ativo e movimentos ainda ocorrem na área.

Os técnicos defendem o esclarecimento do critério utilizado na avaliação do risco da ocorrência de novos desmoronamentos. Isso por que o critério define a tomada de decisão sobre o método de fechamento a ser adotado.

Em nota, a Braskem disse que todas as cavidades são monitoradas por instrumentos e métodos diferentes; e, em alguns casos, de forma redundante. A empresa diz que as redes de monitoramento transmitem informações em tempo real, que são compartilhadas com os órgãos competentes.

A Braskem afirmou que a extração de sal-gema em Maceió acabou em 2019 e que vem adotando medidas para fechar definitivamente os poços de sal, conforme plano aprovado pela Agência Nacional de Mineração. Ainda segundo a empresa, o plano avançou cerca de 70% e deve ser concluído em 2025.