Os 34 anos do assassinato de 11 jovens moradores da Favela de Acari, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, foram lembrados com uma homenagem ao Movimento Mães de Acari, que até hoje luta contra a violência que atinge jovens negros e favelados.
Os adolescentes participam de uma festa, em um sítio, quando foram retirados do local por um grupo de extermínio, que se identificava como policiais, e nunca mais foram encontrados.
Durante a cerimônia, nessa segunda-feira (13), na Câmara Municipal, as Mães de Acari receberam, por meio da vereadora Mônica Cunha, do Psol, a Medalha Pedro Ernesto, maior honraria da cidade. Também familiares de outras vítimas da violência do Estado receberam moções de louvor, em reconhecimento à sua luta por justiça.
Mônica Cunha, que conhece de perto a dor da perda, teve um filho assassinado, há 20 anos.
Vanine de Souza Nascimento, irmã de Walace de Souza Nascimento, uma das vítimas da chacina de Acari, representou o Movimento das Mães.
Em outubro de 2023, o Brasil começou a ser julgado na Corte Interamericana de Direitos Humanos pelas mortes das 11 vítimas, bem como pela omissão nas investigações sobre os crimes.