Violência no trânsito bate recorde em São Paulo no primeiro semestre
Com quase 3 mil mortes, de janeiro a junho, a violência no trânsito bateu recorde no estado de São Paulo.
Esse número representa mil mortes a mais do que no mesmo período de 2023, quando foram registrados quase dois mil óbitos. Os dados são do Infosiga, a plataforma de estatísticas de trânsito do governo estadual.
Só na região metropolitana de São Paulo, 850 pessoas perderam a vida dessa maneira no período, uma alta de mais de 30% se comparado ao primeiro semestre do ano passado.
E os números poderiam ser ainda maiores. Isso porque o cálculo das mortes por acidente automobilístico no Brasil é diferente de outros países. Pela lei nacional, só é considerado falecimento no trânsito quando a pessoa morre no local. Vítimas hospitalizadas que vêm a falecer depois, não entram nessa conta.
Os motociclistas foram as principais vítimas fatais nas ruas e estradas paulistas no primeiro semestre - quase 1.300 - seguidos por condutores de automóveis e pedestres, com cerca de 700 casos em cada grupo, e depois, os ciclistas, com 219 mortes.
A letalidade nas vias de São Paulo reflete a realidade do país. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocupa o terceiro lugar do mundo no ranking das nações com mais mortes em acidentes de trânsito, superado apenas por Índia e China, com populações cinco a seis vezes maiores que a brasileira.
Os condutores precisam lembrar de critérios básicos para dirigir, que todos aprendem nos cursos de habilitação. Por exemplo: se for beber, não dirija; respeite os limites de velocidade, e use a seta para mudar de faixa.
A causa principal de mortes no trânsito, no Brasil, é justamente a combinação de direção e bebida alcoólica.