PF prende militares que planejaram matar Lula e Alckmin
A Polícia Federal prendeu quatro militares, sendo um general da reserva, e um policial federal que teriam planejado um golpe de estado.
O plano era matar os já eleitos presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin em dezembro de 2022 para impedir a posse do novo governo. O terceiro alvo dos criminosos era um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Segundo a PF, os militares têm formação em Forças Especiais. Um dos alvos foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro, Mario Fernandes, que depois se tornou assessor no gabinete do deputado federal Eduardo Pazuello.
O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e armamentos necessários, com uso de técnicas operacionais militares avançadas. Também estava previsto um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, integrado pelos próprios investigados, para gerenciar os conflitos institucionais que surgiriam após a execução do plano.
Parte dos investigados participava da segurança no G20, mas o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou que não há risco.
O ministro afirmou que essa investigação mostra que crimes contra a democracia não podem ser menosprezados.
O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.
Além das cinco prisões, os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares, como a proibição de manter contato com os demais investigados, sair do país, entrega de passaportes em 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas.