A defesa do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, apresentou na segunda-feira (1º) recurso à Corte Europeia de Direitos Humanos para evitar a extradição para o Brasil. A informação é da Procuradoria-Geral da República.
Segundo a PGR, a extradição, que está marcada para a próxima quarta-feira (7), só será suspensa se a Corte conceder uma liminar ao ex-diretor de Marketing.
Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato, na Ação Penal 470, conhecida como mensalão. Por ter dupla cidadania, fugiu para a Itália em setembro de 2013, antes do fim do julgamento. No ano passado, ele foi preso em Maranello.
A extradição foi formalmente autorizada dia 22 de setembro pelo Conselho de Estado da Itália, após várias decisões da Justiça italiana favoráveis e contrárias. A principal questão analisada pelos juízes foi a condição dos presídios brasileiros.
Para manter Pizzolato na Itália, a defesa argumentou que as prisões brasileiras desrespeitam os direitos humanos. Entretanto, o recurso foi negado. Segundo os juízes que examinaram o caso, o Brasil tem todas as condições para garantir a segurança de Pizzolato em um presídio. Ele cumprirá pena na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal.
