A decisão significaria que o país reconhece Jerusalém como capital de Israel, ideia que está no centro do conflito entre árabes e isralenses. Nessa terça (5), o porta-voz do presidente da Autoridade Palestina confirmou que o presidente dos Estados Unidos já informou a Mahmoud Abbas sua intenção de mudar a embaixada. E, à tarde, a porta-voz da Casa Branca confirmou que Trump deve informar sobre sua decisão nesta quarta (6).
Essa foi uma das promessas de campanha de Trump, o primeiro presidente norte-americano a visitar o muro das lamentações, em maio deste ano. Entre os principais obstáculos para a paz no conflito entre israelenses e palestinos está o status de Jerusalém. Até 1967, a cidade era dividida. Durante a guerra, seu lado oriental era ocupado por Israel, que, desde então, governa toda a cidade e diz ser sua capital.
Mas ela não é internacionalmente reconhecida assim, e os palestinos também querem que Jerusalém seja a capital de seu estado.
Diversos países declararam sua oposição ao anúncio. A Organização para a Libertação da Palestina disse que esse seria o “beijo da morte” para a solução de dois estados. O Iraque se posicionou contra. A Liga Árabe disse que teria consequências sérias se os Estados Unidos fossem adiante com a decisão. O presidente da Turquia disse que o país poderia até cortar relações com os Estados Unidos.
A Alemanha disse que a decisão de transferir a embaixada é perigosa. E a União Europeia afirmou que qualquer ação que dificultasse a possibilidade de criar dois estados separados para israelenses e palestinos deve ser evitada.