Rússia prepara nova ação com aproximação de tanques da capital Kiev
A invasão russa na Ucrânia entrou hoje (01) no sexto dia com uma ameaça: um comboio de tanques russos com 60 quilômetros de extensão está próximo da capital Kiev. E segundo agência de notícias russa, Tass, militares do país querem atacar instalações de telecomunicações e segurança em Kiev. Mais cedo, civis que vivem perto dessas áreas foram alertados para se afastem dos alvos.
A madrugada foi marcada pelo ataque a um prédio da administração estatal do governo em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Segundo autoridades ucranianas parte do edifício foi destruída, deixando pelo menos 10 mortos e outras 35 pessoas feridas.
Na manhã desta terça (01), o parlamento europeu se reuniu para discutir a invasão militar russa na Ucrânia. Por videoconferência, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que agora a proteção da capital do país, Kiev, é agora a “prioridade chave”. Um dia após assinar pedido oficial de adesão ao bloco Zelensky fez um chamamento para que os países provem que estão ao lado da Ucrânia na guerra com a Rússia. Ele ressaltou a bravura de seu povo, que está pagando o preço máximo para defender sua liberdade e lembrou que cada dia pode ser o último da vida de cada ucraniano.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Joseph Borell defendeu que o continente precisa refletir sobre as questões de segurança. Borell afirmou que metade das reservas em dinheiro da Rússia estão congeladas no sistema internacional, e o país já está sentindo as sanções econômicas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Van Der Leyen, ressaltou o apoio que países vizinhos estão dando aos refugiados ucranianos, como Polônia, Eslováquia, Romênia e Hungria. Ela disse que se o objetivo era separar a Europa, o continente está ainda mais unido.
A segunda rodada de negociações entre representantes da Rússia e da Ucrânia para tentar interromper a invasão do território ucraniano deve acontecer nesta quarta-feira (02).
E a Organização das Nações Unidas retomou agora há pouco a Assembleia Geral de emergência convocada para discutir possíveis punições contra a Rússia pela invasão e bombardeios à Ucrânia.
Mais cedo em reunião da Comissão de Direitos Humanos da ONU, o secretário de estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, criticou a Rússia por matar civis na Ucrânia e sugeriu que o país fosse expulso do Conselho.
Autoridades europeias também falaram sobre a guerra, em declaração conjunta, na Estônia. A premiê da Estônia Kaja Kallas, afirmou que a OTAN precisa de uma estratégia de defesa. Já o primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson disse que a Europa enfrenta atualmente um desastre crescente. E o diretor da OTAN, Jens Stoltemberg, afirmou que os aliados da Organização estão enviando armas e mísseis para a fortalecer a Ucrânia.